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terça-feira, 15 de abril de 2008

MANIFESTO DO CINEMA DIGITAL



MANIFESTO DO CINEMA DIGITAL

PRIMEIRA PARTE:

Não à bitola! Chega de censura! O que importa é o conteúdo!

Um filme, sendo vídeo ou película, deve ter seu espaço em cinemas e festivais, principalmente os nacionais, não importando em que suporte foi feito. O cinema é uma arte que nasceu com avanços tecnológicos, com o moderno. Negar a tecnologia e o moderno é negar o próprio cinema. E o cinema é uma arte que surgiu como meio de comunicação de massa também. É uma arte com intuito de atingir um público. E o importante para este público é o resultado estético, o conteúdo, a mensagem da obra, não interessando se foi rodado em película ou alta definição, portanto que tenha qualidade visual, sonora e artística. Usam um certo “saudosismo” à película para justificar sua produção como única possível, que é demasiadamente cara, para retê-la nas mãos de poucos que a controlam. A realidade brasileira não permite aos realizadores gastar o que não tem, simplesmente para ter um filme “finalizado” em película. A nossa expressão é de:

LIBERDADE NA PRODUÇÃO!

E este grito não é de radicalismo. Defendemos apenas que o que foi feito em digital pode ser exibido em digital. Transfers e digitalizações da película devem ser opções dos produtores e realizadores em busca de mais salas. Não pode ser uma regra pré-estabelecida com argumentos de padrão de qualidade. Um filme rodado em digital perde ao virar película, assim como um filme em película perde na digitalização, além de ter outro problema: o custeio destes processos, que muitas vezes, inclusive, não ocorrem no país. Propomos, então, que estas conversões só sejam necessárias para filmes com grande entrada nos cinemas, já que hoje existe espaço suficiente em salas digitais para filmes digitais e salas tradicionais para os filmes de película, que representam, ainda, o maior volume de produções no mercado.

Não podemos cair nas falácias sobre o digital perante a película. As câmeras de hoje alcançam o mesmo preto das câmeras de 35mm. É possível ter textura de imagem, movimento e grãos de sua antecessora analógica. Ou não! O critério é do cineasta. É sua liberdade com o poder das novas mídias. O material humano vale mais do que o dinheiro que carrega no bolso. Grandes técnicos e artistas vão depender apenas de seus talentos e dedicação no trabalho com a certeza que irão assistir ao produto tal como idealizaram sem precisar penhorar suas vidas para isso. E quem tiver condições, e ou patrocinadores, que realizem em película, portanto que isto não custe a inviabilização de inúmeras produções, que seriam possíveis com o digital. Já existem cem salas digitais no país. O digital não é uma especulação, um projeto qualquer, é a REALIDADE!!!! O cinema não vai mais depender do poder capital, mas sim do poder artístico. E não estamos sozinhos aqui, isolados no mundo. Vários cineastas renomados já trabalham e se aproveitam das vantagens do suporte digital. Michael Mann, Robert Zemeckis, Robert Rodriguez, entre outros. Francis Ford Coppolla defende a produção digital como a produção do futuro, onde o filme está nas mãos do diretor, de seus realizadores, e não na mão dos grandes estúdios. E com os novos recursos que a produção digital traz, o cinema pode se renovar, viajar em novas possibilidades, alcançar uma liberdade jamais antes vista. O cinema, sendo película ou digital, não deixa de ser cinema! O que importa é a produção acessível e de qualidade sobre total controle de seus criadores e que possa chegar ao público pelas salas de cinema sem temer a perspectiva de prejuízo.

Thiago Moysés
Byron O’Neill
Érico Cazarré
Santiago Dellape
Jimi Figueiredo

Um comentário:

Maju Duarte disse...

Acho mais do que coerente a reinvindicação dos cineastas. Abrir espaço para o cinema digital é dar vez a jovens criadores do cinema brasileiro.
O próximo passo é encaminhar ao coordenador do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Fernando Adolfo, uma atitude frente à demanda!

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