Problemas na Casa de Passagem Meninas, em Taguatinga
Inadequação, falta de atendimento médico e de atividades. Esses foram os principais problemas encontrados pela deputada Erika Kokay, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa, na Casa de Passagem Meninas, em Taguatinga. A deputada vistoriou a unidade acompanhada de representantes do Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente.
A primeira irregularidade encontrada foi do espaço físico. Dois prédios, separados por um pequeno pátio, alojam cinco adolescentes moradoras de rua e 14 mulheres, quase todas com transtorno mental. Por serem trabalhos completamente distintos e complexos, elas deveriam estar em unidades separadas. Os mesmos funcionários trabalham com as adolescentes e com as mulheres.
Outro problema é que as mulheres com transtorno mental não possuem qualquer tipo de acompanhamento psiquiátrico, já que a Casa não tem profissionais dessa especialidade no quadro de funcionários. “As mulheres não têm qualquer tipo de atendimento ou acompanhamento médico. É um absurdo”, afirmou Kokay.
Durante a vistoria, a deputada constatou que faltam também atividades para as jovens e as mulheres alojadas na Casa. O chuveiro está com a fiação exposta e não consegue esquentar a água. “Vamos exigir que esses problemas sejam resolvidos, por meio de um relatório que encaminharemos para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho”, adiantou Erika.
Os funcionários reclamam também da falta de equipamentos de proteção. Uma delas foi contaminada por uma infecção após dar um banho em uma adolescente moradora de rua com feridas espalhadas pelo corpo.
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