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terça-feira, 16 de setembro de 2008

O Diario de Um Medium, filme sobre o Medico Bezerra de Menezes.

O ator Carlos Vereza sofreu um acidente, há 18 anos, que mudou de uma vez por todas a sua vida. Escalado para atuar no programa Delegacia de mulheres, da Rede Globo, ao protagonizar uma cena de ação, grande quantidade de pólvora explodiu próximo à sua cabeça. O ouvido interno foi atingido. “Fiquei em depressão profunda, quase perdi a audição e não consegui fazer mais nada daí em diante”, lembra. Ao ver o desespero do sobrinho, uma tia, muito católica, o sugeriu procurar ajuda no Centro Espírita São Luiz, onde eram feitas materializações e curas. Assista ao videochat com Carlos Vereza“Fui até lá, não estava nem cético, nem crente, mas desesperado. A depressão é a morte em vida. Com sete meses, graças à ajuda, me colocaram em condições de voltar a trabalhar.” A experiência foi crucial para o desempenho como protagonista de Bezerra de Menezes: o diário de um espírito, filme que, em três semanas de exibição, tornou-se fenômeno de público: já foi assistido por cerca de 150 mil espectadores.Dirigida pelos cineastas cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel, a produção conta a saga de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, ou dr. Bezerra de Menezes, médico, militar, escritor, político, que se notabilizou em outra área, como expoente da Doutrina Espírita do Brasil. O filme apresenta a trajetória daquele que ficou conhecido como o “Kardec brasileiro” e sua luta em prol dos desvalidos. De onde vem o sucesso? Vereza atribui ao contraponto que faz à cultura da violência. “Tudo hoje é veloz, é tiro, é carro batendo. Vivemos numa engrenagem da violência. Nossa história é suave, calma. São 70 minutos em função da vida de um grande homem e as pessoas estão carentes de personagens que simbolizem ética, num momento em que o país é foco de corrupção”, compara. A boa repercussão surpreendeu até o protagonista.
Mesmo próximo da temática espiritualista, Carlos Vereza não conhecida tão profundamente a obra de Bezerra de Menezes. “Sabia que era alguém generoso, um homem de luz.” A imersão no universo do personagem o trouxe ainda mais convicções. “O espiritismo é uma doutrina sensata, une ciência, filosofia, religião. O que mais me ensinou nesses anos todos foi ter tolerância, porque compaixão era algo que minha mãe ensinou-me desde criança”, conta o artista. O convite para levar as convicções para a telona foi por acaso. Quando atuava na novela Sinhá Moça, da Globo, ele deixou a barba crescer e as semelhanças com Bezerra de Menezes ficaram videntes. O produtor do filme, Luiz Eduardo Girão, fez o convite e, desde então, trabalham no projeto, realizado durante dois meses, no Ceará e no Recife, e que reuniu, além de Vereza, artistas como Lúcio Mauro, Caio Blat e Paulo Goulart Filho.


DOUTRINA PROIBIDA

Orçado em R$ 2 milhões, Bezerra de Menezes foi realizado após ampla pesquisa histórica feita por Luciano Klein (biógrafo de Bezerra de Menezes) e, também, pela roteirista Andréa Bardawill. A pesquisa ajudou na reconstituição da época em que viveu o médico, do nascimento no Ceará, em 1831, até sua morte, em 1900, no Rio de Janeiro. Depois de estudar medicina, Bezerra (foto) conheceu a Doutrina Espírita quando teve acesso à tradução em língua portuguesa de O livro dos espíritos. Ele estudou as obras de Allan Kardec, aos 55 anos, e decidiu abraçar o espiritismo. “Numa época em que a doutrina era proibida, foi um escândalo”, conta Carlos Vereza. O filme se apóia em passagens como essa. “As pessoas saem emocionadas. Trazemos mensagens de paz e ética”, afirma.

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