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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Convite exposição Kazuo Okubo e Mônica Rebello

11 FOTÓGRAFOS BRASILEIROS
A tradição na fotografia brasileira é conhecida em todo o mundo. Num país de tamanha diversidade étnica, que na verdade contém muitos países em seu território continental, seria impossível que a influência desta arte não tivesse exercido o sopro da inspiração a partir de ícones universais como Henri Cartier-Bresson, ou Pierre Verger, citando este francês que, aportando em Salvador em 1949, encantou-se pela terra na qual radicou-se para viver até os seus últimos dias. Esta tradição, na verdade, remonta a um tempo em que a fotografia não existia, na gênese da pintura de Rugendas e de Debret, aqui enviados de Portugal em missões além-mar ao Brasil Colônia, por que não supor esta relação na análise resumida da história da fotografia no Brasil? São marcas indeléveis da cultura do registro de imagens de nossa terra, retratadas em desenhos e pinturas que depois se transferiram para a fotografia propriamente dita. Atualmente é larga a experiência e a pesquisa desta arte maior disseminada pelo território brasileiro, fundando escolas, conceitos e estilos, reverberando para o mundo uma visão já nem tão autóctone. Esta exposição tem por objetivo trazer a Paris alguns dos expressivos talentos da fotografia brasileira, como Orlando Azevedo, Rogério Medeiros e Vilma Slomp, integrantes da Coleção Pirelli/MASP, notadamente a mais importante do país. Outros essencialmente conhecidos por sua trajetória na área publicitária, como Kazuo Okubo, Cláudio Meneghetti e Mônica Rebello. Em outras modalidades da mesma arte apresentam-se Jose Abujamra, que exerceu nos anos sessenta o papel de repórter fotográfico na Europa, onde viveu parte de uma juventude inquieta e protagonista dos eventos de contestação que culminaram na Paris do Maio de 1968, Tonico Alvares, voltado em especial aos registros jornalísticos e de cunho político-social, Gilberto Perin, fotógrafo-viajante de olhar curioso, Gariba e Eduardo Álvares, pertinazes pesquisadores da mesma arte. A exposição ocorre num local histórico, mágico por sua memória, a casa que François Mansart, arquiteto de Luis XIII, criador das conhecidas mansardas que lhe tomam emprestado o nome, projetou e construiu para nela viver até sua morte, e que depois foi ocupada por Clotilde de Vaux, a musa inspiradora de Augusto Comte, o pai do Positivismo. O prédio, de 1642, é hoje monumento histórico nacional da França. A exposição acontece também como uma contrapartida aos eventos do Ano da França no Brasil, em pleno Mês da Fotografia em Paris.
Paulo C. Amaral
Artista plástico e curador da exposição
Setembro de 2009

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