POLEMICA no Contrato de Cessão de Uso da Imagem Inscrita no Prêmio de Fotografia "BRASÍLIA CÉU ABERTO"

Atenção rapaziada das imagens, recebi este texto da Carol Peres, filha do fotojornalista e Correspondente Internacional da AP(AP Associated Press)Logo mais abaixo coloquei a Cláusula 7ª do Contrato de Cessão de Uso da Imagem Inscrita no Prêmio de Fotografia "BRASÍLIA CÉU ABERTO"

"Cláusula 7ª.

A OITTO Agência de Projetos LTDA tem o direito do uso da imagem inscrita pelo PROPONENTE no Prêmio
de fotografia Brasília Céu Aberto nos moldes explicitados neste CONTRATO, possuindo o direito de ceder a terceiros."

Como diz Rinaldo Morelli " é um regulamento predatorio"


Seque o Email da Carol :
Amigos fotógrafos e amantes da fotografia,

vocês devem estar sabendo da polêmica sobre o concurso de fotografia "Brasilia, Céu Aberto". A discussão começou quando alguns fotógrafos profissionais começaram a questionar o tempo de cessão de direitos autorais das imagens inscritas no concurso - 5 anos para os organizadores e patrocinadores utilizarem as imagens como bem entenderem. Um pouco estranho não acham? É explicito a intenção de formação de banco de imagem a custas de concurso - uma forma rápida e barata de aquisição de acervo.

Mas uma outra discussão surgiu no meio disso tudo. O que faz de um fotógrafo ser profissional ou amador? A agência Oito, coloca os fotógrafos amadores numa desmerecida classificação.

"Segundo a organização do evento, o poder sobre os direitos autorais não conflita com os interesses dos fotógrafos, nem desrespeita os artistas profissionais, já que ele é destinado a amadores, com o objetivo revelar novos talentos ao mercado, resultando paralelamente, em uma visão mais intimista de Brasília." (Trecho da matéria publicada no Foto Site)

Quer dizer que fotógrafo amador não tem direito sobre suas autorias? O direito autoral é para todos.


“As fotos inscritas no prêmio serão utilizadas para divulgar Brasília no circuito nacional e internacional, trazendo cultura, investimentos, eventos e negócios, divulgando trabalhos. O prêmio não substitui a contratação de fotografias profissionais, tendo em vista que a maior parte das fotos recebidas é desprovida de técnicas, voltadas para uma relação mais próxima, em um novo olhar sobre a cidade." (Trecho da matéria publicada no Foto Site - Entrevista com Melissa Viana, da Agência Oito)

Fotógrafo amador não tem técnica? Como eles podem pré-julgar os conhecimentos técnicos de fotógrafos amadores ou profissionais?

O problema maior não é a realização do concurso, mas a forma descabida e banalizada que a Agência e seus patrocinadores arrumaram para formar uma banco de imagens sobre a cidade sem pagar por ele. Afinal de contas, o que são cinco anos para os organizadores que vão deter os direitos das imagens? Lucro! E para os fotógrafos: cinco anos para continuar trabalhando, afinal fotógrafo também come, veste, paga imposto, tem filhos, etc...



Fica aí o meu alerta e o meu protesto para que nós não deixemos a profissão fotógrafo se banalizar.

Carol Peres
Jornalista / Produtora
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Eraldo Peres

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