Antes, muito antes de conhecer a fotografia já trabalhava com serigrafia, isso nos meados de 1975/77. Na serigrafia, fazia camisetas de artistas que admirava, como Che Guevara, Bob Dylan, The Doors, Lou Reed, John Lennon e Yoko Ono, ACDC, Led Zepelin, Black Sabbath, Baden-Meinhof, além de Brigadas Vermelhas. Conheci a fotografia através de meu amigo Aurelino. Ele trouxe um kit com duas bacias, duas pinças e dois saquinhos de revelador e um de fixador. O curso era por correspondência do Instituto Universal Brasileiro. E me presenteou. Achei genial, pois o processo é muito parecido com o da serigrafia.
Empolgado, fui fazer uns cursos de fotografia no Centro de Criatividade na 508 Sul (o hoje Espaço Cultural Renato Russo), queria conhecer melhor as técnicas. Lá fui aluno da professora Lilá Sardinha e Iko Mazzei. Com eles estudei fotografia e laboratório fotográfico. Na época estava com 24 anos. Como hoje tenho 51, já são 27 anos de fotojornalismo na veia.
Em 1980 comecei a trabalhar na sucursal do Jornal de Brasília em Taguatinga, onde publiquei minha primeira foto em jornal. Trabalhei nove anos no JBR e 6 anos no Correio Braziliense onde desaprendi muito com as chefias de fotografia, tenho como meus maiores inimigos os editores de fotografia dos jornais que passei. Tem muitos editores que tem orgulho de dizer que já cobriram várias Copas do Mundo e que já deu volta ao mundo umas cinco vezes. Imagina quantos companheiros já foram sacaneados por esta casta de editores.
Adoro a fotografia documental. Sempre gostei de temas pesados na fotografia, tenho vários ensaios que faltam serem concluídos.Tenho uma grande admiração pelo Araquém, ele sabe onde a onça bebe água, aqui do outro lado da cidade procuro um dia documentar esses bichos predadores-urbanos nas grandes metrópoles.
Em um dos meus ensaios, faço cobertura de prostituição infantil em Brasília, pretendo realizar na América Latina, México, Argentina, Venezuela, equador, Bolívia,etc!! Como sonhar não custa nada, vamos sonhar!
Em 1993 participei de uma chapa do Sindicato dos Jornalistas profissionais de Brasília, fomos eleitos. Fui coordenador da comissão de repórteres fotográficos e idealizei o projeto Cozinhas Fotográficas. Criamos também o Nr-fotos, um jornalzinho tablóide para categoria. fiz o curso de fotografia no Centro de Criatividade, hoje Espaço Cultural Renato Russo. Aprendi muito com professora Lila Sardinha e o Professor Iko Mazey. A Lila era como um personagem de um filme de Fasbinder., belíssima, vida longa a sua verve fotográfica.
O fotojornalismo e como o cinema à poesia a musica o Rock'n Roll. Uma boa vodka pura, um bom whisky, um bom vinho. Nunca vai acabar. Os jornais podem fechar suas portas mais os fotojornalistas se renovam sempre.
Hoje, umas das minhas grandes satisfações em carregar minha ferramenta de trabalho voltada para a documentação e denúncia social, que venho fotografando há quase duas décadas, me revelam que esse trabalho não foi em vão, Hoje sou voluntário da ABCTRUST, que tem à frente Jimena Page, companheira do lendário guitarrista inglês Jimmy Page, ex-Led Zeppelin, e que presta ajuda a dezenas de estados brasileiros, com ajuda direta a milhares de crianças por mês.
Minha tônica na fotografia, sempre foram os excluídos. Este trabalho que desenvolvo sobre a prostituição infantil em Brasília se torna escandaloso pois tudo acontece a 3 mil metros do Congresso Nacional e dos seus palácios de mármore em volta da Esplanada dos Ministérios.
Brasília tem uns 40 focos de meninos e meninas de rua, aproximadamente 4 mil crianças, vindos das cidades satélites e entorno da capital, que andam pelas ruas do Plano Piloto.
Entram e saem governos e triplicam as crianças nos semáforos, triplicam também os roubos dos cofres públicos dos governantes e seus familiares. Um bom exemplo é o senador da República Joaquim Roriz, ex-governador de Brasília. Imagina o que ele fez em 4 mandatos como governador.
O que é mais degradante? Fotografar essas crianças ou fotografar um covil de senadores, ministros, deputados que não respeitam seus eleitores?
Acho, que o país deu uma avançada muito bacana, só acho uma pena que este governo compactue com políticos que viram ministros na “calada da noite”. Dar cargos a estes predadores dos cofres públicos e dar continuidade à roubalheira s/a. é uma decepção.
É uma pena que o Brasil de hoje é um país sem partidos políticos honestos.
Atualmente trabalho na sucursal do jornal hoje em dia, em Brasília.
Tenho dois livros publicados: “Taguatinga Duas Décadas de Cultura” e “Brasília 25 anos de fojornalismo”.
Ganhei o Prêmio Rey da Espanha, 1984.
-Aqueduct 2000 – Medalha de Bronze
-09 prêmios da Fundação Volpe Stessens
-9 fotos no M.I.F. (Museu Internacional de Fotografia)
-15 Exposições individuais e 25 em coletâneas.
- Voluntário da ABC-Trust. e aproximadamente uns 40 prêmios.
A revista http://www.photomagazine.com.br/ publicou 3 paginas na edição de Agosto/Setembro sobre meu trabalho,. Agradeço o Nildo Teixeira e o Jornalista Bola Teixeira pelo belo texto e pelo espaço.
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Quem sou eu
- Ivaldo Cavalcante
- Sou fotografo Profissional, 53 anos, 29 anos de profissão. Dois livros publicados: "Taquatinga duas décadas de Cultura" e " Brasilia 25 Anos de Fotojornalismo!" encontra-se a venda na Livraria Cultura.
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